Um dia ele não mais virá.
Mas enquanto ele vem, aproveite.
Chore até secar, ria até a barriga doer, dance até o amanhecer.
Respire. Inspire, inspire-se.
Bote para fora, da casa e da vida, tudo o que não te faz vibrar.
Silencie e grite.
Tudo o que te faz doer.
Abrace, se afaste, ame muito, faça muito amor.
Faça amor, por favor.
Acredite e duvide, sempre e ao mesmo tempo.
Não tenha certezas, são as dúvidas que nos comovem.
Peça, despeça-se, deseje.
São os desejos que nos movem.
Deixa sempre uma chama acesa, por menor que seja.
Encha de beijos quem você ama. Aceite, deleite-se.
Corra riscos, em nome do amor.
Procura tua paz, seja onde for.

Distribua sorrisos, palavras doces ao vento, diga sempre obrigada.

Para as surpresas, boas e ruins.
Para tudo que vem.
Exercite seu corpo, e sua tolerância.
Curta as longas tardes de verão, as noites curtas de sonhos.
Receba, de braços abertos, a benção imensa que é poder sentir muito.
E sentir tanto. E sentir tudo.
Pule sete ondas, e faça uma prece.
Agradece, agradece muito. Agradecer te engrandece.
Enquanto ele ainda vem. E quando ele vem.
Na alegria, e na tristeza. Na saúde, e na doença.
Até que a morte nos separe, ou impeça.
É sempre outra chance.
Na pele nova de um ano novo.
Celebra tua vida.
Essa esperança meio boba, que sempre se renova.
E sempre, invariavelmente, te amanhece.