E aí, que acharam da primeira semana de #QuemNunca? Se identificaram? Riram? Sofreram? Esperamos que sim! 😉

[hr] É muito louco isso de fazer retrospectivas, seja sobre qual assunto for, e essa vibe impera no nosso íntimo numa intensidade que aumenta proporcionalmente a proximidade do final do ano. Tô mentindo? Sei que não.

Mas falemos sobre moda. Nada mais mutante, bizarro e encantador que esse universo que nos torna consumistas e falidos da noite pro dia. Ela segmenta tribos, grupos sociais, décadas, estilos, estigmas e movimenta um dos mercados mais rentáveis em todo o mundo. Para uns é totalmente dispensável, embora seja impossível desapegar totalmente desse universo, a não ser que sejamos adeptos do nudismo. Já para outros, moda é vida, ainda mais da explosão dos blogs de moda e as lokas do dia, digo, looks do dia. Nada contra, afinal, foi-se o tempo em que não havia argumentos contra a classificação superficial e infundada de que moda é apenas futilidade.

Toda essa variedade que nós temos hoje no mundo da moda surgiu ao longo das décadas. Atualmente uma mulher pode usar uma saia hippie e uma blusinha mais moderna sem problemas e se tiver um friozinho colocar uma jaquetinha de couro rocker é super ok. E é exatamente essa mistura de peças que faz a moda atual ser tão autêntica e propiciar a construção de estilos próprios e diferenciados.

O que se pode notar ao comparar a moda antiga com a mais atual é que as peças apenas vão se modificando com o passar do tempo. Outras, no entanto, são encontradas hoje com o mesmo design e características das décadas anteriores – sempre digo, guardem, ou vasculhem brechós curiosamente. O que podemos notar é que na moda nada morre, se transforma ou simplesmente volta e reencanta como se fosse uma novidade avassaladora! Espia só um apanhado geral da moda ao longo das décadas e vejam quanta coisa a gente já usou, reusou, reformou e ainda vai usar!

Moda na Década de 50

Nas rádios tocava Elvis Presley, para o delírio das mulheres. Na época, havia uma mistura de inocência e sensualidade, características representadas por Marilyn Monroe e Brigitte Bardot, divas que são as maiores inspirações das pin-ups modernas. A cintura das mulheres, no geral, eram bem demarcadas, com muitos vestidos rodados para dar balanço ao som do rock and roll. Vestidos de bolinhas e a moda colegial (sportwear) também estavam em alta na época. Já os homens caíram na onda do couro e jaquetões de veludo com cores vivas. A calça jeans também foi popularizada na época.

Moda na Década de 60

Quando falamos em moda seiscentista estamos falando em minissaia. O uso da peça significou uma vitória para as mulheres, que ao longo das décadas lutaram para serem livres e iguais aos homens em direitos. Por isso, vestidos curtos também fizeram a cabeça das moças dos anos 60, assim como os ternos slim, como os que os Beatles (<3) usavam, eram a roupa masculina da vez.

Moda na Década de 70

Muitas cores, transparência, franjas, couro, tranças e brilho! A época da transgressão e da cultura hippie emprestou uma infinidade de inovações para o mundo da moda, pois ao cultuar a liberdade de expressão, cultuava também a liberdade de poder vestir o que quiser. As mulheres geralmente usavam saias longas e coloridas e tanto elas quanto os homens também usavam calça jeans e blusas com franjas. MELHOR ÉPOCA!

Moda na Década de 80

As canções do Woodstock de 69 deram lugar para uma música mais animada, dançante. Com isso, a moda da década de 80 também acabou acompanhando o estilo de discoteca. As mulheres preferiam leggings de lycra e cinturas marcadas com cintos. Os homens usavam mullets no cabelo e roupas com cores marcantes, décadas depois consideradas bregas pelos grandes estilistas.

Moda na Década de 90

Foi marcada por cores neutras, com muito jeans, estampa xadrez e lápis preto nos olhos. A sensualidade e as cores extravagantes das décadas anteriores foram deixadas para traz e deram lugar aos cortes retos e às peças mais confortáveis. A música do momento era o grunge, estilo liderado pelas bandas Nirvana e Pearl Jam.

Enfim, foi-se o tempo em que a moda era delimitada a algumas peças de roupas parecidas. Hoje em dia podemos encontrar tanto um vestido de bolinhas a lá anos 50 quanto o modelo do último vestido lançado na São Paulo Fashion Week na mesma loja. Bandoleiras, calças de cintura alta, brilho, transparência. Nada mais é brega, e o brega é chique. O que manda é estilo e postura, aquela história do chegar chegando e segurar o look, funciona e ponto. É claro que bom senso nunca é demais, noção também sempre cai bem, mas eu acredito que o estilo sempre falou e falará mais alto!

Bora ousar? #coragem

Até o próximo #QuemNunca! Ansiosos?

Por Paula Moran