O tempo, quando tem que passar voando, se arrasta tal qual uma lesma cansada pelo peso de carregar nas pequenas costas a sua concha.
O tempo, quando tem que flutuar lentamente por entre os ponteiros do relógio, voa como um avião supersônico a caminho do espaço.
O tempo não perdoa e entrega o peso dos anos e todos os excessos logo de cara. Mas o tempo também ajuda: no seu compasso ele é capaz de apagar dores, diminuir saudades, curar decepções e aliviar corações partidos. O tempo faz esquecer, mas também faz lembrar.
É o melhor remédio para quem é jovem, mas é também a injeção letal de quem já está nos acréscimos da vida.
Enquanto tudo pode morrer ou parar, o tempo esse não para. O mundo até pode acabar, mas o tempo nunca vai ser possível estancar. Lá no fundo o tic tac das horas ainda vai continuar.
Andre Barbosa
O desejo por novidade e por conhecer sempre mais sobre o comportamento humano é o que move esse publicitário carioca, que já mora em Porto Alegre há duas décadas.
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