O meu rosto não tem definição.

Às vezes sou fumaça de cano de descarga

outras vezes sou dissimulação.

Meu rosto é neutro, oco e sem função.

Sou pigarro

barro

sou fumaça de cigarro

eu sou a garrafa espatifada contra o chão.

 

*Este poema faz parte do livro “O susto de saber-me deste jeito“, de Daniel Seidl de Moura.


Andre Barbosa

O desejo por novidade e por conhecer sempre mais sobre o comportamento humano é o que move esse publicitário carioca, que já mora em Porto Alegre há duas décadas.

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